Blog dos alunos do curso de Empreendedorismo e Sucessão da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul matriculados na disciplina 25438W-04 - Liderança e Negociação no segundo semestre de 2007 - turma 670

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Líder: Papa João Paulo II

João Paulo II, o primeiro Papa eslavo, protagonizou um dos pontificados mais longos e controversos do século XX, dominado pela influência em alguns dos acontecimentos políticos mais relevantes da história recente.
João Paulo II, Karol Józef Wojtyla de seu verdadeiro nome, nasceu a 18 de Maio de 1920 em Wadowice, perto de Cracóvia, no sul da Polónia. Depois de manifestar algum interesse pelo teatro e literatura acabou por enveredar pelo sacerdócio, a conselho do cardeal Spiheda.Durante a invasão nazista da Polónia, Wojtyla e um grupo de jovens polacos criaram uma universidade clandestina, como forma de resistirem ao encerramento das universidades polacas, decretado pelos alemães. O futuro Papa ainda chegou a trabalhar como mineiro.

Ordenado sacerdote em 1946, Wojtyla licenciou-se em Teologia na Universidade Pontifícia de Roma Angelica e, mais tarde, em Filosofia, desempenhando depois as funções de docente na Universidade Católica de Lublin e na Universidade Estatal de Cracóvia, onde conheceu importantes representantes do movimento católico polaco.

Em 1958, foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia, monsenhor Baziak, tornando-se o mais novo membro do Episcopado polaco.Participou nos trabalhos do Concílio Vaticano II e, com a morte de Baziak, em 1964, passou a desempenhar as funções de Bispo, cargo que ocupou durante dois anos, altura em que o Papa Paulo VI elevou Cracóvia a Arquidiocese.Três anos mais tarde, em 1967, o arcebispo Wojtyla era ordenado cardeal.

A 16 de Outubro de 1978, depois da morte de João Paulo I, 33 dias após a sua eleição como Papa, Karol Jósef Wojtyla foi eleito, aos 58 anos, como o 265/o sucessor de Pedro à frente dos destinos da Igreja Católica, interrompendo mais de 400 anos de eleição de Papas italianos.

Um defensor dos direitos humanosAdaptou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e depressa se colocou do lado da paz e da concórdia internacionais, com intervenções freqüentes em defesa dos direitos humanos e das Nações.

Nos mais de 2400 discursos e documentos que escreveu, promoveu sempre uma Europa do Atlântico aos Urais e foram freqüentes as condenações dos conflitos, como no caso da Jugoslávia ou do Médio Oriente, do Afeganistão e do Iraque.A Igreja Católica é, no entanto, frequentemente criticada por não ter realizado as grandes reformas que os católicos esperavam depois do Concílio Vaticano II.

O casamento dos sacerdotes, a ordenação de mulheres e os princípios tradicionais da Igreja Católica no domínio da moral sexual, nomeadamente quanto ao uso de contraceptivos (num mundo em que a epidemia de Sida faz milhões de vítimas) e ao direito ao aborto, são matérias em que o Vaticano permaneceu irredutível durante o pontificado de João Paulo II, criando um fosse de incompreensão e afastando da Igreja muitos católicos.

Lutou contra o comunismo na sua Polônia natal e ajudou a derrotá-lo no mundo, mas também criticou o Ocidente opulento e egoísta, dando voz ao Terceiro Mundo e aos pobres.Visita histórica a CubaDurante a sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, o Papa condenou o embargo econômico dos Estados Unidos ao país, declarando que tais medidas eram «condenáveis por lesarem os mais necessitados».Promotor de uma aproximação às outras grandes religiões monoteístas do mundo, João Paulo II enfrentou no entanto acusações de «proselitismo agressivo» feitas pelo mundo Ortodoxo.
A reconciliação com os judeus marcou a sua viagem à Terra Santa, em Março de 2000, e uma "viragem" nas relações entre as duas religiões.João Paulo II pediu perdãoJoão Paulo II pediu perdão, a 12 de Março de 2000, pelos erros e crimes cometidos pela Igreja no passado, especialmente contra os judeus, pedido repetido junto ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, o lugar mais sagrado do judaísmo.

As comemorações do Jubileu do ano 2000 representam outro marco deste pontificado, tendo a Igreja Católica assinalado os 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo com mais de 30 dias festivos consagrados às diferentes categorias de fiéis, iniciados com o Jubileu das crianças e terminados com o do mundo do espectáculo, e uma Carta Apostólica indicando o caminho a seguir no «Novo Millennio Ineunte» (novo milênio que agora começa).

A imagem de João Paulo II a fechar a Porta Santa da basílica de São Pedro no Vaticano, a 6 de Janeiro de 2001, ficará para a história de um Jubileu em que o Papa apelou a uma «nova evangelização».Histórica foi também a viagem que João Paulo II fez à Ucrânia entre 23 e 27 de Junho de 2001, a primeira a um país da ex-União Soviética, apesar da oposição do patriarca ortodoxo de Moscovo, Alexis II, que acusou a Igreja Católica de «proselitismo» nos territórios tradicionalmente ortodoxos e impediu o Sumo Pontífice de encontrar-se com os chefes das comunidades religiosas ucranianas, maioritariamente ortodoxas.Nesta deslocação, o Papa homenageou a Igreja Católica grega (dita uniata, fiel ao Vaticano mas de rito oriental), duramente perseguida durante o regime comunista, que confiscou muitos dos seus bens, e apelou à unidade entre católicos e ortodoxos, envolvidos desde a independência do país, em 1991, em disputas muitas vezes violentas por paróquias, bens e fiéis.João Paulo II pediu também perdão pelos «erros» cometidos contra os ortodoxos, garantindo que os católicos «perdoam as torturas sofridas», e efetuou, pela primeira vez segundo o rito bizantino, a beatificação de 27 ucranianos, 26 vítimas da repressão comunista e uma vítima do genocídio nazista Papa surpreendeu todos.

Em Novembro de 2001, o Papa surpreendeu todos quando decidiu fazer uma peregrinação de comboio a Assis (Itália), convidando todos os líderes religiosos mundiais a rezarem pela paz na Basílica de S. Francisco, numa altura em que as tensões entre as religiões eram grandes, devido ao agravamento do conflito no Médio Oriente e à intervenção norte-americana no Afeganistão, originada pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos.Esta Oração Mundial Pela Paz, que se realizou a 24 de Janeiro de 2002 e foi presidida por João Paulo II, reuniu em Assis líderes de 48 confissões de todo o mundo (à semelhança do que acontecera em 1962 e 1986), que se comprometeram a «não utilizar o nome de Deus em altares de violência» e a trabalhar em conjunto pela paz.

Noutro plano, João Paulo II expressou a sua «tristeza e vergonha» pelos abusos sexuais de menores cometidos por padres em várias partes do mundo, que afetaram seriamente em 2002 a credibilidade da Igreja Católica e, em particular, a hierarquia eclesiástica dos Estados Unidos, acusada de encobrir atos pedófilos de sacerdotes seus.João Paulo II e FátimaFátima ficará para sempre ligada a João Paulo II, já que, de acordo com fontes da Igreja, o chamado «terceiro segredo de Fátima» terá sido a revelação aos três pastorinhos do atentado de que o Papa foi vítima na praça de São Pedro em Roma, a 13 de Maio de 1981, quando o turco Ali Agca o atingiu a tiro na mão esquerda, abdomem e braço direito.

Foi também em Fátima que o padre espanhol Juan Fernandez Khron atentou contra João Paulo II a 14 de Maio de 1982, mas desta vez sem conseqüências para o Papa.Esteve hospitalizado várias vezes em conseqüência do primeiro atentado e foi submetido a seis operações, nomeadamente a uma fratura do colo do fêmur em 1994.A este quadro clínico, somava-se a doença de Parkinson, de que também sofria, seqüelas dos ferimentos do atentado e de um cancro no intestino e uma hemiplegia facial que visivelmente lhe dificultava a fala.Apesar da debilidade física que marcou a fase final do seu pontificado, e que suscitou, em várias ocasiões, rumores sobre a sua morte, nunca perdeu a capacidade missionária.

A Morte do Papa João Paulo II
No dia 2 de abril de 2005, há exatamente um ano, milhares de católicos espalhados pelo mundo recebiam a notícia da morte de Karol Józef Wojtyła, o Papa João Paulo II.
O Sumo Pontífice, também conhecido como João de Deus, faleceu, aos 84 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, depois de dois meses em que os fiéis assistiram à deterioração de sua saúde. O anúncio da morte do papa foi dado às 21h37min locais (16h37min de Brasília), pelo porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro Valls, diante mais de 100 mil pessoas que faziam vigília na Praça de São Pedro, em frente à janela do apartamento onde João Paulo II viveu durante 26 anos, tempo total de seu pontificado.
Minutos antes de falecer, Karol Wojtyła ergueu a mão em direção à janela, como se abençoasse os milhares de fiéis, e balbuciou "Amém".
Neste domingo, dia 2, cerca de 250 mil fiéis são esperados na Praça de São Pedro, em Roma (capital da Itália), para lembrar um ano da morte do pontífice, nascido em Wadowice, pequena cidade a 50 km de Cracóvia.
A data será lembrada com uma vigília de oração, que irá terminar com a reza de um rosário guiado pelo Papa Bento XVI, às 21h37 (16h37 horário de Brasília), hora exata em que João Paulo II morreu.
Os primeiros fiéis começaram a chegar à Praça de São Pedro no sábado, dia 1º, e, aos poucos, formam uma grande multidão, que aguarda o início da oração.
Plácido Domingo fez questão de remanejar sua agenda de compromissos, para comparecer à praça. Por lá, o tenor italiano irá soltar a voz em Réquiem, de Verdi, em homenagem ao falecido Sumo Pontífice.

Característica de Líder do Papa João Paulo II
- Liderança Carismática.
- Autoconfiança: possuía total confiança em suas capacidades.
- Poder de comandar.
- Desde jovem já mostrava ser líder, quando na segunda guerra mundial os alemães fecharam todas as Universidades da Polônia com o objetivo de invadir não só o território mas também a cultura polonesa, Karol Josef Wojtyla com um grupo de jovens organizaram uma Universidade clandestina onde estudou filosofia, idiomas e literatura.
- Com sua energia lidava com grandes dirigentes do mundo, presidentes, o serviço secreto, líderes religiosos como o Dalai Lama.
- Dentro da própria Igreja sempre foi contra qualquer atitude mais liberal.
Questão escolha simples:
Qual era a idade de Karol Josef Wojtyla quando foi eleito Papa da Igreja Católica?
a) 59
b) 49
c) 58
d) 42
e) 35

Questão dissertativa:
Na Segunda Guerra Mundial os alemães fecharam todas as universidades da Polônia com o objetivo de invadir o território e a cultura, qual foi a atitude de Karol Josef Wojtyla frente a essa situação?
Resposta esperada: Karol J. Wojtyla, juntamente com um grupo de jovens organizaram uma Universidade clandestina onde estudou filosofia, idiomas e literatura.