
Prestes formou-se pela Escola Militar do Realengo no Rio de Janeiro, em 1919, atual Academia Militar das Agulhas Negras. Foi engenheiro ferroviário na Companhia Ferroviária de Deodoro, como tenente, até ser transferido para o Rio Grande do Sul.
Foi secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro e foi companheiro de Olga Benário, morta na Alemanha, na câmara de gás, pelos nazistas.
Em 1921, quando se engajou no tenentismo, sua motivação foi a de um patriota. Ele estava preocupado com a situação do Brasil com a situação do povo, com as injustiças, ainda que de forma confusa, ele queria lutar por um mundo melhor. E foi como patriota que ele ingressou no movimento tenentista. Aos 26 anos, o jovem tenente liderou o movimento formado por 1500 homens com o intuito de enfraquecer o governo vigente. Era a Coluna Prestes que durou 2 anos e 3 meses, percorrendo cerca de 25 mil quilômetros através de treze estados do Brasil. Jamais foi derrotada, embora tenha combatido forças muitas vezes superiores em homens, armamento e apoio logístico, tendo enfrentado ao todo 53 combates. Os principais comandantes do Exército nacional não só não puderam derrotar a Coluna Prestes, como sofreram pesadas perdas e sérios reveses impostos pelos rebeldes durante sua marcha. A Coluna, em seu périplo pelo Brasil, derrotou 18 generais.
Ao adotar a tática da “guerra de movimento”, a Coluna Prestes garantiu a própria sobrevivência em condições que lhe eram extremamente desfavoráveis. E mais, transformou-se num exército com características populares, cuja marcha pelo Brasil foi decisiva para que a chama de “revolução” tenentista se mantivesse acesa. Desde então, ele passou a ser chamado de "Cavaleiro da Esperança", com inúmeros seguidores no país. "Naquela época, eu nunca tinha ouvido falar de marxismo, de Lênin, muito menos da revolução russa. Era apenas revoltado com a maneira pela qual se governava o País", diria mais tarde Prestes.
Nesse processo, e já nas atividades da Coluna entre 1924 e 1926, é que ele se transformou num revolucionário. É este caminho revolucionário, na Coluna - quando percorre o interior do país e se depara com a terrível miséria do trabalhador brasileiro, o que o choca profundamente, que ele chega à conclusão de que os objetivos do tenentismo não vão resolver a situação do povo brasileiro. Por isso, propõe o encerramento da marcha, as baixas foram em torno de 750 homens devido à cólera, à impossibilidade de prosseguir por causa do cansaço e dos poucos cavalos que tinham. Prestes então segue para o exílio e vai estudar, para conhecer melhor a realidade brasileira e encontrar o caminho. Aí se torna comunista"
Após a revolução de 1930, Prestes mudou-se para Moscou, depois de ter estudado a fundo a teoria marxista. Getúlio o declarou oficialmente desertor. Ele só voltaria ao Brasil, clandestino, em 1934. O objetivo era organizar uma revolução proletária. Chegou aqui acompanhado de Olga Benário, jovem militante judia alemã encarregada de sua segurança, que se tornaria sua primeira mulher. Curiosamente, Prestes completava 37 anos sem nunca ter dormido com alguém. A revolução fracassou.
O casal foi preso e nunca mais se reencontrou. Olga, mesmo grávida, foi deportada para a Alemanha nazista. Deu à luz a primeira filha de Prestes, Anita, em novembro de 1936, numa prisão feminina em Berlim. Pouco depois, morreu na câmara de gás. Prestes ficou dez anos encarcerado - os dois primeiros em total isolamento. Antes que morresse de tédio, um guarda piedoso começou a fornecer-lhe alguns jornais. Ninguém podia ficar sabendo. Para aproveitar as leituras, Prestes enrolava as folhas nos lençóis e se enfiava debaixo do cobertor. "Não sei como não fiquei cego", comentou.
Só foi libertado em 1945. Quando conheceu a filha, ela já tinha nove anos. No mesmo ano, recebeu uma homenagem num comício histórico do PCB, em São Paulo. No estádio do Pacaembu lotado, os manifestantes exibiam retratos de Prestes entre bandeiras vermelhas e da ex-União Soviética. Foi o momento de maior apelo popular. O único cargo público na vida foi o de senador, eleito em 1946. Mas teve pouco tempo para subir à tribuna. Em maio de 1947, o PCB caiu de novo na ilegalidade e Prestes voltou para a clandestinidade. Foi nesse período que conheceu Maria, filha de um antigo comunista, designada para cuidar do líder. Com a segunda mulher, Prestes teve oito filhos, alguns deles nascidos em aparelhos do Partido.
Fonte: ???
Questão escolha simples:
Em qual cidade Luís Carlos Prestes Nasceu?
a) Rio de Janeiro
b) Porto Alegre
c) São Paulo
d) Curitiba
e) Esteio
Questão dissertativa:
Como Luís Carlos Prestes passou a ser chamado após liderar a Coluna Prestes?
Resposta esperda:
Cavaleiro da Esperança