
Ele, que hoje é um dos homens mais importantes do mercado e ocupa um dos cargos mais cobiçados do ramo automobilístico (hoje a GM Brasil ocupa o 2º lugar em vendas da GM Mundial, ficando apenas atrás dos EUA), já trabalhou como lavador de pratos no restaurante chinês do pai, frentista de posto, vendedor em loja de móveis e, como ele mesmo disse, o seu preferido, jardineiro de cemitério.
Graças a seu esforço e dedicação, e muito estudo, Young deu uma reviravolta em sua vida – foi o primeiro da sua família, tanto por parte de mãe como de pai, a fazer um curso superior. Graduou-se no Canadá e fez um MBA em Negócios Internacionais.
Daí em diante sua carreira deslanchou. Há 20 anos, começou a trabalhar na General Motors no setor de Finanças e até o momento já trabalhou em 40 países. “Considero esse fato extremamente importante para minha vida, pois assim tive a oportunidade de ter trabalhado com diferentes pessoas, de diferentes culturas”, explica Young.
No comando da GM Brasil
Desde que foi convidado para vir ao Brasil, assumir o cargo de presidente, em 2004, Young estabeleceu metas e procedimentos que considera importantes e que, até hoje, têm trazido grandes resultados para a empresa – 2006 foi o ano da virada para a empresa que, até então, estava no vermelho.
Seu método de gestão é simples, porém inovador: Young coloca as pessoas em primeiro lugar dentro da empresa. “Prefiro escutar, aprender, a falar”, conta o presidente que se diz tímido.
A pirâmide, que ele chama de 5 Ps que Young estabeleceu como modelo de seu gerenciamento funciona assim: Performance, Produto, Processos, Pessoas e Paixão.
No topo, vem a Performance, o desempenho. Como ele mesmo diz, negócio não é um hobby, precisa ter lucro e ser capaz de gerar capital. Os objetivos são claros, lucratividade, aumento de receita e qualidade.
Para conseguir isso, segundo Young é preciso “alinhamento” dos objetivos. “Marketing e finanças reúnem-se freqüentemente para chegar aos mesmos consensos e alinhar as metas.”
Esta performance depende de Produtos e Processos. Na GM, os produtos são brasileiros, desenvolvidos para o mercado brasileiro, por brasileiros. E os processos são, simplesmente, a forma como as coisas são feitas. “Implantamos um sistema chamado ‘Processo Enxuto, Melhoria Contínua’. Fazemos workshops regularmente com o objetivo de reduzir gastos nos processos. Com isso, já conseguimos R$ 80 milhões em economia”, conta.
As Pessoas, no modelo de Young, são o principal fator para o bom desempenho de uma empresa. “O modelo de gerenciamento ‘de cima para baixo’, em que quem está em cima manda e quem está embaixo obedece, funciona bem em bases militares, por exemplo. Porém, em empresas que querem o sucesso esse modelo é o menos efetivo.”
Na GM funciona o modelo de colaboração, ou seja, o líder estimula seus empregados numa direção e todos colaboram, inclusive com idéias e sugestões, para que os objetivos da empresa sejam atingidos. Para isso, é necessário que haja uma boa comunicação interna.
Ferramentas de comunicação.
Young dedica 1/3 de seu tempo no contato com pessoas. Ele faz isso por meio de mensagens mensais para todos os funcionários e outra específica para as lideranças.
Além disso, ele se reúne regularmente com funcionários de diferentes cargos e setores para a “Reunião de Cafezinho”, em que todos são convidados a falar. “Eu considero importante aprender com todas as opiniões, e as pessoas devem aprender que nunca é demais comunicar uma idéia”.
Sempre no caminho da inovação, o presidente criou o “Blog do Ray”, para se comunicar de forma rápida e eficaz com seus funcionários. Nele, Young coloca suas idéias duas vezes por semana e todos podem inserir comentários e fazer críticas.
Além disso, visita as fábricas com freqüência e reúne-se com fornecedores e concessionárias. “Eles representam a empresa estendida.”
Por fim, Young coloca a Paixão, que para ele é o mais importante e mais difícil de mensurar, por ser um valor intangível, mas que representa vantagem competitiva. Na sua opinião, um bom líder deve ter a habilidade de despertar a paixão das pessoas pela empresa. Para isso deve ouvir, aprender e, só depois, liderar.
O reconhecimento dos funcionários por um bom trabalho torna-se peça fundamental nesta fase. “Fazemos diversos eventos de reconhecimento e, felizmente, nossos funcionários têm orgulho de dizer ‘Eu sou GM’.”
Para Young, respeitar pessoas é o mais importante. “Um dos principais desafios que enfrentei nessa jornada foi despender tempo com pessoas. Porém, nunca me ensinaram um modelo de gerenciamento na universidade. Fico feliz por esta iniciativa da Anhembi Morumbi.”
Fonte: http://www2.anhembi.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=78866&sid=3841 www.automotivebusiness.com.br/imagens/executivos
Questão escolha simples:Há quantos anos Ray Young trabalha na General Motors ?
a) 3 anos
b) 15 anos
c) 20 anos
d) 22 anos
e) 10 anos
Questão dissertativa:
Em seu modelo de gerenciamento, qual seriam os seus 5 Ps ?
Resposta esperada:
Performance, Produto,Processos, Pessoas e Paixão