Como toda empresa, as empresas familiares também enfrentam grandes problemas, quem sabe até um maior que uma empresa que não familiar: a sucessão; processo temido por muitos empresários.
Em primeiro lugar devemos ter em mente a importância da perpetuação, uma vez que, quando iniciamos um negócio, sempre o nosso sonho é que ele cresça cada vez mais e passe de geração a geração, tornando-se um grupo forte e de grande sucesso.
Como fazer a transferência de comandos sem chocar a cultura da empresa? Como perpetuar se sabemos que carisma e liderança não se transferem? E se o sonho do pai não é o mesmo sonho do filho?
Entra em ação neste processo, de extrema importância, a presença de um consultor para agir como mediador nesta transição.
É muito difícil realizar um processo de sucessão sem a presença do fundador. A presença dele é extremamente importante. Em caso de falecimento é necessário avaliarmos muitos fatores existentes dentro da empresa. Se existe a figura de um presidente, a definição dos trabalhos de cada membro da empresa, se existe a necessidade e o quanto seria importante a presença de pessoas de fora da família na empresa.
Uma empresa pode ser considerada familiar a partir de sua segunda geração, pois aí podemos dizer que já criou sua própria cultura.
Ter uma idéia, unir suas idéias, investir, manter, crescer e alcançar o sucesso. Tarefa que exige muita persistência. Para empreender é necessário saber descentralizar o poder, dividir comandos. Acima de tudo, respeitar e tratar seus parentes como profissionais. A profissionalização e a sucessão são os caminhos para perpetuar um negócio em família.
Fonte: Domingos Ricca, consultor especializado em empresas familiares, certificado em Governança Corporativa pela SQS Suíça e Fundação Vanzolini. PhD em administração, professor de graduação e pós-graduação, autor de livros sobre os temas: empresa familiar e marketing de varejo. No Portal HSM On-line em 07/08/2007